Dias mais secos, chegada do frio, geada em maio e despedida do El Niño: o que esperar do outono, que começa nesta quarta

Dias mais secos, chegada do frio, geada em maio e despedida do El Niño: o que esperar do outono, que começa nesta quarta

Foto: Beto Albert (Diário)

Chamada de "estação de transição", o outono chega na madrugada desta quarta-feira (20), no Hemisfério Sul. Segundo Gustavo Verardo, da BaroClima Meteorologia, a projeção é que a estação seja mais seca e tenha a presença das primeiras massas de ar frio no Estado.


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– A partir de agora, os dias ficarão mais curtos, teremos a presença de frentes frias mais robustas e mais amplas, o vento que sopra do Sudeste... esses são indícios do início do outono.


Verardo afirma que haverá uma condição de neutralidade climática, sem a influência do El Niño, que está se despedindo do hemisfério:


– Diferente da primavera e do verão que tiveram a atuação do El Niño, com muita instabilidade e chuva, a estação que chega não terá a influência dele. Como consequência disso, a nossa estimativa é que a estação se encaminhe para dias mais secos.


O mês de abril ainda deverá ser úmido, com períodos de chuva, talvez acima da média prevista para o mês. Já a partir da segunda semana de maio, o cenário pode mudar: conforme Verardo, poderá haver uma grande redução da instabilidade, ou seja, menos chuva.


Foto: Beto Albert (Diário)



Além disso, a condição neutra propicia que as temperaturas fiquem dentro da média ou até levemente abaixo do que se espera para a estação. Verardo acredita que o período deverá ser mais frio do que o outono de 2023:


– O oceano pacífico já estará em processo de resfriamento em maio, por isso, podemos ter a entrada de massas de ar frio antes do esperado. A partir da segunda quinzena do mesmo mês, existe a possibilidade de registros das primeiras geadas do ano para a Região Central.


Após um cenário de extremos, o hemisfério deve passar por uma condição de neutralidade e migrar para o outro extremo: o La Niña, de intensidade moderada, que deverá dar as caras entre a primavera e o verão de 2024. Mas o que isso significa na prática?


– Pode ser que o fim do ano seja marcado pela estiagem e pela falta de água. Ou seja, um cenário completamente diferente de 2023, quando batemos recordes de chuva na Região Central – alerta Verardo.


Foto: Beto Albert (Diário)


Santa Maria se prepara para um possível cenário de estiagem provocado pelo fenômeno La Niña

Em apuração realizada pela reportagem no início de março, a projeção é de que entre junho e agosto, exista 55% de chance do La Niña se estabelecer. As projeções foram divulgadas em relatório mensal do Inmet, realizado em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad).


O La Niña traz para o Estado a estiagem, já que diminui a frequência e o volume de chuva. Em 2022 e nos dois anos anteriores, o fenômeno influenciou no clima e fez com que municípios da Região Central enfrentassem os impactos da seca, como o desabastecimento de água em propriedades rurais e perdas na agricultura. Clique aqui e confira a matéria completa.


No fim de 2023, o Diário produziu uma retrospectiva sobre os efeitos do El Niño na região central do Estado. Confira:




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